segunda-feira, 20 de julho de 2015

Principais Causas da Obesidade



As pessoas engordam por quatro motivos: comem muito, têm gasto
calórico diminuído, acumulam gorduras mais facilmente ou têm
mais dificuldade de queimá-las.
O gasto calórico significa a queima de energia que uma pessoa apresenta
durante as 24 horas do dia e isso inclui o gasto calórico com a
alimentação (energia gasta nos processos de digestão, absorção e
transporte de nutrientes) e com a atividade física.

A capacidade de transformar calorias em gorduras varia de indivíduo
para indivíduo e isso explica porque duas pessoas com o mesmo
peso e altura, que comem os mesmos alimentos, podem fazer
gordura com menor ou maior eficiência e esta última é que tenderá
a ser gorda.

A habilidade de queimar gorduras também varia de pessoa para
pessoa. Podemos queimar as calorias do nosso organismo a partir
das gorduras do tecido adiposo, das proteínas dos músculos e do
glicogênio do fígado, entre outros. O indivíduo apresentará menor
tendência de engordar e maior capacidade de emagrecer quanto
maior for a sua capacidade de queimar as gorduras.
Todas essas condições ocorrem não apenas por mecanismos orgânicos,
mas, em especial, por fatores genéticos

Fatores genéticos
Crianças de pais obesos apresentam maior risco de se tornarem
obesas quando comparadas às crianças cujos pais apresentam peso
normal. O quadro a seguir mostra a porcentagem de risco de uma
criança se tornar obesa relacionada à obesidade dos pais:

Pais                               Risco para a criança
Ambos obesos                         80%
Pai ou mãe obeso (a)               40%
Ambos não obesos                  10%


Já no caso das doenças multifatoriais, isto é, que apresentam diversas
causas, é difícil distinguir os efeitos dos genes dos efeitos
ambientais, como hábitos alimentares e sedentarismo em indivíduos
que vivem no mesmo ambiente.
Estudos feitos com gêmeos univitelinos, ou seja, geneticamente
idênticos, demonstraram nítida correlação de peso, mesmo quando
as crianças são criadas separadamente. Do mesmo modo, verificase
que o peso de crianças adotivas possui semelhança maior com o
de seus pais verdadeiros do que com os de adoção.
A influência da genética na obesidade já era reconhecida por volta
dos anos 70. Mas foi na década de 90, quando se identificou o gene
que expressa a leptina, que o conceito sobre essa doença começou
a mudar completamente para os cientistas, comprovando a origem
genética dessa patologia. A leptina é uma proteína que “avisa” o
cérebro quando o organismo está satisfeito e deve começar a queimar
as calorias ingeridas. O estudo foi feito com camundongos e
verificou-se que, sem essa substância em ação, o camundongo não

só desconhece a sensação de saciedade como é também incapaz
de queimar as calorias ingeridas com eficiência. Tanto o excesso de
apetite quanto a pouca saciedade podem ser explicados por fatores
genéticos.
A queima ineficiente de gordura também pode estar relacionada à
leptina ou, ainda, a outros componentes orgânicos, como hormônios,
enzimas, receptores etc.
A distribuição da gordura corporal em uma região ou outra do corpo
tem a ver com o sexo, mas também resulta de fatores genéticos e
ambientais.
A base genética da obesidade é complexa e várias pesquisas e teorias
têm sido feitas a respeito. Mas o assunto é ainda objeto de
muitos estudos.


Endocrinopatias
As doenças de origem hormonal são causas raras da obesidade
(inferior a 10% dos casos). Algumas delas são: síndrome
hipotalâmica, síndrome de cushing, hipotireoidismo, síndrome dos
ovários policísticos, pseudo-hipoparatireoidismo, hipogonadismo,
deficiência de hormônios do crescimento, insulinoma e
hiperinsulinismo.


Baixa atividade física
O exercício físico contribui com 8 a 20% do gasto diário total de
energia. Além disso, pode modular o apetite, pois ajuda a regular os
mecanismos cerebrais que controlam a ingestão de alimentos. Também
proporciona um aumento da massa corporal magra (músculos)
e provoca alterações enzimáticas que facilitam a queima de gordura
nos tecidos, o que torna o indivíduo ativo mais propenso a perder
peso e a mantê-lo reduzido.
Pessoas sedentárias apresentam um gasto calórico reduzido e podem
ter mais dificuldade de queimar a gordura e mais facilidade
para armazená-la.
Nas últimas décadas, o brasileiro, de um modo geral, trocou atividades
como esportes e caminhadas pela televisão, considerada a principal
opção de lazer das diferentes camadas da população. A modernização
dos processos produtivos também foi responsável pela
redução da atividade física. A forma de trabalhar e de viver de grande
parte dos brasileiros requer cada vez menos de energia.


Alimentação
Como já vimos, a obesidade apresenta várias causas, mas talvez a
mais simples de ser compreendida e também a mais divulgada (mas
nem por isso a mais comum) seja um maior consumo de alimentos
(calorias) em relação a um menor gasto de energia. É preciso deixar
claro que nem sempre os gordos apresentam excesso de peso só
porque comem muito, pois existem outros motivos para o ganho de
peso. No entanto, é bem verdade que, em muitos casos, os exageros
na alimentação são os responsáveis pelos quilos a mais.
Maus hábitos alimentares também ajudam a engordar, tais como:

-Não ter horários fixos para comer, ou seja, “beliscar” a toda hora.
A pessoa perde o controle da quantidade que comeu e acaba
comendo muito, sem nem perceber.

- Exagerar no consumo de alimentos gordurosos, como frituras,
manteigas, óleos, doces cremosos, chocolates etc.

- Fazer “dietas da moda”, responsáveis pelo efeito ioiô, isto é, o
“emagrece-e-engorda” dos que fazem esses tipos de dieta (veja
mais detalhes no item dietas da moda).

- Ficar longos períodos em jejum. A fome e o apetite aumentam
e a pessoa acaba comendo mais.

- Fazer poucas refeições durante o dia e em grandes volumes. O
volume do estômago pode aumentar e também a quantidade
de alimentos que a pessoa consegue comer.

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